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Entrevista com Mario Martinelli, novo Diretor do Ministério de Publicações da Conferência Geral

Na 62.ª Sessão da Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, realizada em St. Louis, EUA, o pastor Mario Martinelli foi eleito como o novo diretor do Ministério de Publicações da Conferência Geral para o quinquénio 2025–2030. Com mais de q...


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Na 62.ª Sessão da Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, realizada em St. Louis, EUA, o pastor Mario Martinelli foi eleito como o novo diretor do Ministério de Publicações da Conferência Geral para o quinquénio 2025–2030.

Com mais de quatro décadas de experiência no ministério editorial e de marketing adventista, Martinelli é reconhecido como uma das maiores referências internacionais na área das publicações missionárias. Desde 2010, liderava a Editorial Safeliz, em Espanha, após ter exercido cargos de liderança na Review and Herald (EUA) e na Casa Publicadora Brasileira. Ordenado ao ministério em 1984, o seu percurso combina teologia, administração e paixão pelo evangelismo impresso. Sob a sua liderança, publicações adventistas alcançaram mais de 120 países e foram desenvolvidas Bíblias e livros com foco missionário para públicos distintos.

Nesta entrevista exclusiva, conduzida por Ezequiel Duarte, o novo diretor mundial fala sobre os principais desafios da colportagem na era digital, a sua inesperada nomeação e a visão para o futuro da obra de publicações.

Ezequiel Duarte: Pastor Mario, muito obrigado por reservar um pouco do seu tempo para estar aqui connosco. Quais são, no seu entendimento e com base na sua experiência, os grandes desafios das publicações à escala global?

Mario Martinelli: É um prazer poder conversar sobre os desafios desta obra. Como em outras áreas da Igreja, as publicações enfrentam grandes mudanças, especialmente num mundo altamente tecnológico. Um dos principais desafios hoje é o desenvolvimento de métodos que ajudem os colportores no seu ministério. O mundo passou por várias revoluções — a internet, os telemóveis e agora as redes sociais. A verdade é que a colportagem não soube ainda tirar total proveito dessas ferramentas.

Existe um abismo entre os métodos tradicionais que muitos ainda usam e os hábitos atuais do mercado. Precisamos usar a internet, o marketing digital e as redes sociais para gerar contactos qualificados (leads). Isso pode facilitar o trabalho do colportor, que passará a abordar pessoas com interesse genuíno. Esse será um dos grandes passos para mantermos a relevância desta obra nas grandes cidades e entre um público cada vez mais fechado à abordagem direta.

ED: Tendo vivido e trabalhado em diferentes continentes — América do Norte, América do Sul e Europa — acredita que a colportagem deve adaptar-se conforme a região ou há princípios globais que se mantêm?

MM: Sem dúvida há diferenças. Os hábitos de consumo e o poder económico variam muito. Em países em desenvolvimento, os métodos tradicionais ainda funcionam bem. Mas em nações desenvolvidas, é preciso inovar e adaptar. Apesar dessas diferenças, acredito que com novos métodos, ajustados à realidade local, podemos apoiar os colportores em qualquer parte do mundo.

ED: O pastor foi eleito há apenas alguns dias. Ficou surpreendido com este chamado?

MM: Completamente. Jamais esperava. Vim para St. Louis pensando que regressaria a Espanha após a assembleia. Tenho estado muito focado na liderança de editoras, embora sempre mantivesse contacto com os colportores, dando formações e palestras. A obra de publicações sempre foi a paixão da minha vida. Comecei como colportor, fui líder, diretor e agora, pela graça de Deus, estou aqui.

ED: Há uma forte aposta da Igreja no digital, mas o coração das publicações é a palavra impressa. Como vê essa dualidade?

MM: Precisamos cuidar das duas frentes com sabedoria. O digital teve um crescimento rápido, mas chegou a um platô e até regista algum decréscimo. Na área da educação, por exemplo, muitos estão a regressar ao livro impresso por causa da eficácia na aprendizagem. O nosso objetivo é alcançar todos os públicos — por isso, temos de manter o digital para os que o preferem e o impresso para os que valorizam o toque do papel. Ambos têm lugar na missão.

ED: Que mensagem gostaria de deixar àqueles que trabalham nas publicações e com a colportagem em todo o mundo?

MM: Quero deixar uma mensagem clara: esta é uma obra de Deus. Foi através das publicações que a nossa Igreja nasceu. Antes das escolas e hospitais, vieram os livros missionários. Ellen White viu em visão que esta obra iria até ao fim, até ao encerramento da porta da Graça. Aos colportores, editores, líderes e todos os envolvidos, digo: não desanimem. Deus conta convosco.

Estamos numa missão. Cada livro distribuído pode transformar vidas. O nosso trabalho está garantido até ao fim. Vamos continuar, juntos, com fé e dedicação, até que Jesus volte.

ED: Pastor Mario, muito obrigado. Que Deus o abençoe nesta nova etapa.

MM: Muito obrigado. Que Deus abençoe a todos que trabalham por esta causa.

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