Serviço

UNASP inaugura 1º Museu de Arqueologia Bíblica do Brasil

O MAB, como é conhecido, reúne peças de diversas épocas que comprovam a veracidade da Bíblia Sagrada


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Inauguração reuniu cerca de 2 mil pessoas na igreja do UNASP

O Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), campus Engenheiro Coelho, inaugurou o Museu de Arqueologia Bíblica, o MAB, o primeiro museu desta categoria na América do Sul. O evento contou com a presença dos doadores, autoridades e convidados, além da participação do doutor Rodrigo Silva, idealizador do projeto.
Os doadores foram homenageados, e Silva mostrou um panorama geral sobre o significado do Museu para a instituição. “Ele não está aqui para ser visitado. Ele está aqui para ser experimentado”, contou durante a apresentação.
A fita de inauguração foi cortada em frente ao MAB, numa celebração solene. A primeira sessão contou com a participação dos convidados de honra, mas ao longo da tarde foram realizadas mais seis visitas, cujos bilhetes esgotaram em cerca de quatro minutos.

O que representa o MAB?

O símbolo do logo do Museu é uma lamparina a óleo, um dos objetos mais utilizados na antiguidade. Da mesma forma que esta peça tem como objetivo iluminar, o MAB busca ser a luz da Palavra de Deus para todas as pessoas. “Agora com este Museu, a Igreja Adventista do Sétimo Dia dá ao texto bíblico a importância que ele precisa de ter e essa é a grande referência para que possamos ter um mundo mais justo e melhor”, afirma Gilberto Kassab, secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo.
Além disso, o MAB traz uma nova perspetiva a quem já conhece a Bíblia, mas que não percebe que ela tem expressões idiomáticas, cultura e geografia que influenciam na sua interpretação e veracidade. “As peças do museu trazem até ao Brasil um recorte daquele antigo Oriente do período bíblico, para que as pessoas possam ler a Bíblia de uma maneira tridimensional, reforçando ainda mais a fé que elas já possuem”, explica Rodrigo Silva.
Por fim, utiliza o conhecimento bíblico de maneira científica para estimular o desenvolvimento do pensamento crítico entre os alunos. “Ter um museu que valoriza a Bíblia e a liga com a ciência é o ápice da existência de uma casa de ensino que deseja avançar em todos os níveis do conhecimento”, enfatiza com sentimento de missão cumprida Martin Kuhn, reitor do UNASP, campus Engenheiro Coelho.


Infraestrutura interna e Jardim da Bíblia


Visitar o MAB é como entrar num túnel do tempo. Com cerca de 3 mil peças originais e dezenas de réplicas, a exposição narra mais de quatro mil anos de história por meio de uma linha do tempo, que divide as fases desde o Bronze Antigo até ao período Bizantino. “Pensámos no Museu como se fosse uma caixa flexível, onde o acervo é mais importante do que a própria arquitetura", expõe o arquiteto da obra, Thiago Pontes.

Logo à entrada, os visitantes encontrarão uma réplica do piso do templo de Jerusalém, da época de Jesus. Este exemplar é único no Brasil, havendo apenas mais duas reproduções que estão localizadas em Israel. Além deste artefacto, também se destaca na exposição um tijolo antigo com escrita cuneiforme. A peça tem um significado importante, pois menciona o rei Nabucodonosor, responsável por conquistar Judá, destruir o templo de Jerusalém e levar o povo de Israel cativo para a Babilónia em 609 a.C.
As peças do Museu são datadas desde os anos dois mil a.C. e vieram de várias partes do mundo, como Israel, Egito, Jordânia e alguns países da Europa. Para garantir a manutenção deste acervo, é necessário um planeamento a fim de evitar qualquer dano. “Temos um cuidado especial para que as peças estejam preservadas, como garantir a exposição correta da luz de acordo com o tipo de material e coloração”, comenta Sergio Micael, historiador do Museu.
Além da parte interna, o MAB também tem o Jardim da Bíblia, que conta com diversas espécies de árvores e objetos com significados bíblicos. Exemplo deles são: as parreiras, que simbolizam o sangue de Cristo; o moinho de trigo, que representa o corpo de Cristo por meio do pão, e o moinho de azeitona, símbolo do Espírito Santo, por causa do azeite. Esta parte, que antes não fazia parte do projeto inicial, hoje destaca-se por ter igual importância em relação ao ambiente interno.
O MAB é o primeiro museu de arqueologia bíblica da América do Sul.


Muito mais do que uma visita


Para Elizabeth Laffranchi, que é professora, e uma das doadoras para a construção, o MAB tem um significado que vai do espiritual até ao educacional. “As crianças e, às vezes, até mesmo os adultos precisam de ver alguma coisa concreta para acreditar no nosso maravilhoso Deus e na história do povo de Deus, foi por isso que eu contribuí para a realização deste lugar”, pontua.
A visita também foi significativa para a família Félix, que mora no Rio de Janeiro e soube da inauguração por meio do curso “Bíblia Comentada”, do doutor Rodrigo Silva. Apesar de se terem organizado e adquirido passagens, não conseguiram os bilhetes, que se esgotaram rapidamente. No entanto, esta situação tornou-se conhecida e a família teve oportunidade não apenas de visitar o Museu, mas também de participar durante as homenagens da programação. “Deus atuou e fez com que nós estivéssemos aqui hoje”, conta Amanda Félix, emocionada.

Para conhecer mais sobre o Museu, visite o site oficial em: unasp.br/mab

Adaptação para Português europeu: Raquel Silva

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