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Testemunho

Maria Amélia Sincer completou 100 anos


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Pela graça de Deus, no dia 23 de dezembro de 2023, a irmã Maria Amélia Sincer, esposa que foi do pastor José Pedro Falcão Sincer, festejou os cemanos do seu nascimento no convívio da família, da igreja e dos amigos. Éa primeira irmã da Igreja de Vila do Conde a atingir a linda idade dos cemanos. Senhora de uma belíssima memória, recorda muitas vezes a sua infância,a data em que há sessenta e quatro anos, juntamente com o marido,entregou a vida a Jesus na Igreja Central em Lisboa e muitas das suas experiências missionárias nos diversos campos evangelísticos por ondeperegrinou. Num anexo construído para o efeito junto da sua casa no Algueirão, viusurgir o embrião daquele grupo que viria a dar lugar à que é hoje a igrejade Sintra. Pouco tempo depois da sua entrega a Jesus, acompanhou o marido nodesafio de o apoiar na assistência às igrejas de Caldas da Rainha, Cadaval, Peniche e Rio Maior.

Convidados para serem missionários em Angola, o casal partiu no ano de 1963, na companhia da mãe e da filha, tendo ali permanecido até 1972. A sua formação como educadora infantil e professora primária, permitiu-lhe exercer essa atividade na escola primária de Nova Lisboa, tendo posteriormente criado na Missão do Bongo um Jardim de Infância. No decorrer da sua função como esposa de pastor, dava estudos bíblicos e visitava membros das igrejas e outros interessados na mensagem, nas igrejas por onde passaram: Caala, Benguela, Lobito, Catumbela e Luanda. Foi no seu tempo de ministério que foram construídas a Igreja, a
Escola Primária do Lobito e o anfiteatro ao ar livre da Igreja de Benguela.

Depois duma passagem por Collonges sous Sallève, regressaram a Angola, tendo sido enviados para a recém construída igreja de Luanda, de onde partiram para o Bongo e depois, pela segunda vez, para Nova Lisboa.

Regressados a Portugal, foram enviados para Vila do Conde, onde a sua filha acabou por fixar residência depois do casamento. Foi quando nessa cidade que viram nascer as igrejas de Delães (S. Mateus) e Vizela (hoje unida a Guimarães), tendo ainda acompanhado os grupos de Arcos de Valdevez e Viana do Castelo, bem como
membros dispersos pela sua zona de ação.

Mesmo depois do marido se ter reformado por doença, o seu ministério foi muito profícuo no Algueirão, para onde regressaram. Ali desenvolveram muito trabalho com famílias acabadas de regressar de Angola após a descolonização. Entre essas pessoas, encontravam-se diversos membros da família Santos (o agora pastor Júlio Carlos, a sua irmã Leta e outros familiares). Mais tarde, mudaram-se para a Quinta do Cerro em Figueiró dos Vinhos onde continuaram a desenvolver a sua vocação missionária num ministério abnegado.

Já na condição de reformado, o casal recebeu o desafio de partir para a Ilha Terceira nos Açores, para pastorear as Igrejas de Angra do Heroísmo e da Praia da Vitória (Lages), onde exerceram atividade relevante. Após a morte do marido, veio residir para Vila do Conde, Igreja em cujas atividades colaborou enquanto a saúde lhe permitiu. Tem sido sempre a mãe, a avó e a bisavó que todos gostaríamos de ter.


O seu aniversário foi passado entre amigos, família e igreja, tendo o culto sido dirigido pelo neto mais velho e afilhado - o Luís – que recordou alguns momentos marcantes da sua longa vida.

Queremos manifestar-lhe nestas linhas a nossa gratidão pelo seu ministério abnegado e o amor dedicado à família ao longo duma vida de entrega a Jesus e oramos para que Ele a continue a abençoar ao longo de todos os
seus dias.

Bem haja, irmã Maria Amélia.

UPASD UPASD

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